Vivemos um momento em que a sociedade enfrenta grandes desafios, em âmbitos sociais e ambientais, e o senso de urgência paira sobre eles. Com tanto a ser feito, as empresas assumem mais um desafio: o de definir estratégias de ESG consistentes e coerentes para potencializar seu poder de impacto e de transformação para além de suas próprias operações. Entre os meios para alcançar isso, está o diálogo com colaboradores da organização, fornecedores, parceiros e clientes, que gera insumos para a construção das iniciativas capazes de gerar transformações no mercado.
Esses são desafios que uma empresa da dimensão da Arcos Dorados, com mais de mil restaurantes e aproximadamente 60 mil funcionários no Brasil, conhece bem. Acreditamos em liderar pelo exemplo e a nossa posição na cadeia nos confere a oportunidade e a responsabilidade de conectar as diversas pontas desse ecossistema em torno de objetivos comuns. Ao mesmo tempo que lidamos com fornecedores de variadas características, setores, regiões, também estamos em contato direto com o cliente, que também é bastante diverso.
Em estudos realizados com vários especialistas para avaliar os interesses e preocupações dos nossos consumidores, identificamos justamente a origem da carne como ponto de atenção para eles. Essas informações comprovam que o trabalho que vem sendo realizado por produtores, agritechs e frigoríficos responde a um genuíno interesse da população. A questão é se as pessoas têm conhecimento das inovações e investimentos que têm sido direcionados ao campo para evoluir diariamente os processos produtivos e ampliar o fornecimento de uma carne com origem responsável ao varejo.
Na Arcos Dorados, por exemplo, o caminho para alcançar a meta de zerar o desmatamento da nossa cadeia até 2030 passa pela Política de Abastecimento de Carne Livre de Desmatamento e por um monitoramento via satélite do fornecimento de carne bovina, em parceria com a Agrotools, o que nos torna a única empresa do setor a adotar a prática. Em 2022, foram mais de 13 milhões de hectares e 6,1 mil fazendas rastreadas. Embora esses números representem bons avanços, eles não necessariamente são tangíveis para o público geral.
Portanto, a transparência e a comunicação se tornam essenciais para encurtar a distância entre a origem e o consumidor. Pois além de uma distância territorial, existem tensões que impactam essas pontes. O consumidor demonstra uma crescente preocupação com o tema. O produtor busca se adaptar, mas encontra desafios estruturais e teme não corresponder às expectativas do mercado. Já os frigoríficos, no meio dessa cadeia, têm protagonizado e provocado mudanças significativas que lhes dão potencial para comunicar esse trabalho de forma mais contundente ao consumidor, de forma que ele seja incluído em todas as etapas do processo e conheça, de fato, a origem dos produtos que consome.
Para desvendar essa equação, precisamos ser pontes e estabelecer diálogos entre todas as pontas. Dessa forma, elevamos essa relação para um nível mais profundo, onde o cliente pode acompanhar a evolução das iniciativas e o produtor e a indústria podem demonstrar seu comprometimento com transparência, inspirando confiança. Assim, o fortalecimento dessa conexão coloca todos do mesmo lado de uma jornada que tem um objetivo comum: promover uma cadeia cada vez mais responsável e de impacto positivo no planeta.
Fonte: Feed&Food