Por Maristela Franco
Com longa atuação na indústria da carne – primeiro como certificadora de desossa no antigo Frigorífico Mercosul; depois como técnica do Programa de Carne Angus Certificada e sua gerente nacional entre 2019 e 2024 – Ana Doralina Alves Menezes assumiu um grande desafio em abril do ano passado: presidir uma das mais importantes organizações setoriais do País, a Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável (MBPS), que vive um momento de forte protagonismo, participando dos debates mais importantes do setor.
“Acreditamos que 2025 pode ser o ano da pecuária”, diz Ana Doralina, referindo-se aos grandes movimentos em curso, com destaque para a COP30 e o plano nacional de rastreabilidade.
Formada em veterinária pela Unicamp de Bagé (RS), ela pertence à quinta geração de uma família de pecuaristas e, desde a infância, vive imersa no universo rural, agora mais conectada aos grandes problemas estruturais do setor, pauta regular da MBPS.
Criada em 2007, a Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável possui 61 associados representantes dos sete diferentes elos da cadeia: indústria frigorífica, produção, serviços, insumos, setor financeiro, sociedade civil e varejo. A função da entidade é congregar esses elos na defesa das práticas sustentáveis e mostrar ao mundo que o Brasil pode produzir carne com respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e bem-estar animal.
A Comissão Executiva da Mesa é composta por Ana Doralina (presidente); Lisandro Inakake, do Imaflora (vice) e Fernando Sampaio, da Abiec (tesoureiro). Eles são apoiados pelos conselhos diretor e fiscal, uma equipe executiva e Grupos de Trabalho (GTs) de cinco áreas específicas: clima, rastreabilidade, bem-estar, terra e comunicação. Em entrevista à editora de DBO, Maristela Franco, Ana Doralina fala sobre os desafios da pecuária e os projetos conduzidos pela Mesa.