Nos dias 11 e 12 de junho, em Brasília, o consultor da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável, Carlos Barbieri, participou da Oficina de Pecuária Sustentável na Região do Conselho Agrícola do Sul, realizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Agroalimentar e Agroindustrial Tecnológico do Cone Sul (PROCISUR).
O objetivo da oficina foi gerar um espaço de discussão, troca e construção de conhecimento sobre temas fundamentais para o presente e o futuro da pecuária sustentável, em especial na construção de indicadores para análise da sustentabilidade econômica, social e ambiental da pecuária regional; e na identificação de lacunas existentes nos inventários de GEE e estratégias de mitigação, focadas nas emissões de metano e óxido nitroso e na captura de carbono do solo proveniente da atividade pecuária, e de lacunas existentes em I+D+i nas áreas de carbono, água, biodiversidade e bem-estar animal.
Segundo Barbieri, “A ideia geral foi a contextualização e a possibilidade de se criar uma plataforma da pecuária sustentável para o Cone Sul para influenciar em políticas públicas e que colabore para a evolução dos indicadores de sustentabilidade.”
Durante os dois dias de evento, foram discutidos e trabalhados temas muito relevantes para a pecuária nacional, como manejo de carbono no solo, em pastagens e em sistemas produtivos como ILPF e ILP, bem como questões da pegada de carbono do rebanho e os métodos de quantificação de metano na pecuária tropical. Além disso, foram debatidas sobre as principais dificuldades que o setor enfrenta comumente em todos os países da América Latina.
Esta oficina já havia sido realizada há dois anos e a expectativa é a criação de um fluxo de trabalho anual, para o compartilhamento de informações, indicadores, boas práticas, e resultados positivos e negativos, construindo ações de desenvolvimento da pecuária sustentável na América do Sul.
A importância da presença da Mesa Brasileira nessas reuniões da América Latina como representante do Brasil é que, em um primeiro momento, defende-se os interesses do Brasil, como a manutenção do direito dos produtores rurais em relação ao Código Florestal. “Nós buscamos advogar pelos interesses da Pecuária Brasileira em decorrência das agendas globais e influenciar na construção da plataforma de forma que atenda a pecuária dos outros países. Cada país tem suas peculiaridades e um rebanho específico e trabalha com genéticas diferentes, o Brasil capitaneia todas essas ações e a intenção é que nós continuemos sendo esse agente de promoção da pecuária nacional e do desenvolvimento sustentável”, finalizou Barbieri.