O quadro Pecuária Sustentável na Prática, realizado em parceria com o GTPS, falou esta semana sobre a importância da identificação individual dos animais como ferramenta para monitorar o desempenho do rebanho e facilitar a rastreabilidade. A técnica de identificação eletrônica, apesar de já estar disponível no mercado há algum tempo, ainda precisa ser mais difundida no Brasil.
“É fundamental a gente pensar na individualização do rebanho. A partir do momento que você tem um animal individualizado, identificado, você consegue mensurar informações precisas, você sai do achismo que é a verificação do lote para a precisão do indivíduo e nisso você tem várias vantagens dentro do manejo da fazenda. [A vantagem] de poder controlar todos os índices zootécnicos, fazer uma avaliação de como está sendo a sua originação dos animais, se a compra está sendo eficaz, se pode ter um fornecedor melhor. Todos esses dados que são coletados através da identificação são úteis para tomadas de decisão dentro da fazenda, então é fundamental para uma fazenda profissional ter a identificação como a base”, afirmou Ivo Martins, líder de mercado da MSD Saúde Animal.
A identificação eletrônica, com a utilização de brinco, favorece a coleta e análise de dados na fazenda, que é algo valorizado pelos produtores mais jovens por contribuir em diversos aspectos, inclusive na gestão de sistemas integrados de produção. “Um ponto importante que a gente visualiza acompanhando o mercado é que cada vez que novas gerações estão tomando a liderança nas fazendas, a necessidade por dados está sendo mais latente. Então a integração lavoura-pecuária-floresta também traz essa pegada muito mais de gestão e aí a identificação também vem nesse movimento. E não só olhando para dentro da fazenda, mas também quando a gente pensa em situações como a de estados que retiram a vacinação de aftosa, que também utilizam a identificação individual com uma garantia adicional para o controle sanitário do rebanho. No Brasil nós temos um exemplo fantástico que é o de Santa Catarina. Desde 2007 eles têm 100% do rebanho bovino identificado e isso trouxe várias garantias, vários diferenciais para eles no controle do rebanho”, exemplificou Ivo.
A rastreabilidade, que é um dos requisitos fundamentais para a proteção da cadeia produtiva, também é outro fator importante quando se pensa em identificação animal. “A identificação individual do rebanho promove esse diferencial para poder trazer a rastreabilidade com uma ferramenta não só de gestão da fazenda, mas como diferencial de acesso à mercados. tem um dado interessante, o Uruguai, que é nosso vizinho bastante dedicado a produção de carne, acessa 18 mercados a mais com o mesmo status sanitário do Brasil e um dos pilares que ele trabalha de maneira muito forte para comunicar o diferencial dele é a rastreabilidade de 100% do rebanho”, conclui o líder de mercado da MSD.
Confira o quadro Pecuária Sustentável na Prática no programa Planeta Campo
Fonte: Planeta Campo