Consumidores e stakeholders do agronegócio brasileiro estão cada vez mais exigentes e atentos no que se refere aos requisitos socioambientais dos produtos: práticas sustentáveis, bem-estar animal, redução das emissões de gases de efeito estufa, entre outros. Neste contexto, a rastreabilidade se torna extremamente essencial para os produtores, trazendo também oportunidades para a atividade pecuária.
É justamente por conta desta urgência que a rastreabilidade passa a ser tema central de um Grupo de Trabalho específico do GTPS em 2021. O objetivo principal é criar um entendimento comum sobre o caminho para a rastreabilidade da cadeia da pecuária brasileira.
Isso acontece por meio de 10 reuniões técnicas agendadas até o mês de julho. As duas primeiras, realizadas em março, já trouxeram alguns questionamentos importantes, como identificar as necessidades e desafios para a rastreabilidade em cada etapa da cadeia de valor e propor alternativas com análise do impacto na cadeia da pecuária, e ainda, esclarecer e diferenciar os termos rastreabilidade e monitoramento.
Na opinião da facilitadora do GT de Rastreabilidade, Luiza Bruscato, gerente executiva do GTPS, o engajamento dos participantes é o grande diferencial da iniciativa. “A dinâmica de participação dos nossos Grupos vem nos ajudando a construir uma proposta de trabalho consistente, orientada a resultados práticos bem interessantes. A pluralidade de nossos associados traz uma amplitude ainda maior para tratarmos este complexo assunto com ainda mais propriedade”.
As propostas de trabalho do Grupo incluem o mapeamento de iniciativas e ferramentas que vêm sendo empregadas pelos diversos atores, dentro e fora do GTPS, mediante uma categorização (público, privado, nacional, internacional, por atividade e segmento da cadeia, estudos que comprovem a eficácia do modelo e aplicabilidade). Dar visibilidade a estes projetos selecionados no MIPS, o Mapa de Iniciativas da Pecuária Sustentável.
Convidar instituições que estão desenvolvendo soluções (protocolos privados sobre o tema) para apresentar ao Grupo; reunir artigos, estudos e projetos de rastreabilidade da cadeia de pecuária bovina no site do GTPS e entender como as demais Mesas do GRSB estão lidando com o tema pelo mundo são outras ações que também estão em pauta.
O GT de Rastreabilidade do GTPS é coordenado por Lisandro Inakake de Souza, do Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, além de Luiza Bruscato (GTPS) como facilitadora.