O Brasil acaba de alcançar um feito inédito: foi oficialmente reconhecido como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A certificação foi entregue nesta quinta-feira, dia 29 de maio, em cerimônia realizada em Paris, e marca um novo capítulo para o agronegócio nacional.
“Este é um momento histórico para o agronegócio brasileiro, resultado de décadas de esforços coordenados entre produtores, entidades do setor e o poder público”, avalia Paulo Costa, head de pecuária da Produzindo Certo.
“A conquista eleva nosso país ao seleto grupo de elite sanitária mundial, abrindo portas para mercados mais exigentes e que remuneram melhor, como Japão e Coreia do Sul”, completa.
Com o novo status sanitário, o Brasil não apenas elimina a necessidade da vacinação obrigatória contra a febre aftosa em todo território nacional, como também se torna ainda mais competitivo no comércio internacional. A OMSA reconheceu que o país atingiu todos os critérios exigidos para a certificação, após anos de monitoramento rigoroso, avanços em biossegurança e controle sanitário.
Essa conquista tem reflexos diretos sobre a economia da pecuária. Ao deixar de vacinar, o produtor rural reduz custos operacionais e logísticos. Mas, mais do que economia, o reconhecimento internacional representa valorização. Países que restringiam ou limitavam a entrada de carne brasileira por exigências sanitárias agora têm o caminho aberto para importar produtos nacionais, especialmente as proteínas de origem bovina, suína e caprina.
Produção responsável e sanidade de mãos dadas
A trajetória que levou o Brasil a esse reconhecimento é também uma prova de que a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental são caminhos viáveis e lucrativos.
“Na Produzindo Certo, acreditamos que a produção responsável e a excelência sanitária caminham juntas”, destaca Paulo Costa. “Este reconhecimento reforça nosso compromisso em transformar as cadeias do agronegócio, aproximando empresas e produtores rurais comprometidos com gestão eficiente e os mais rigorosos padrões sanitários e socioambientais.”
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), liderado pelo Ministério da Agricultura e executado pelos órgãos estaduais de defesa agropecuária e o setor produtivo, foi determinante nesse processo. A adesão de produtores, técnicos e frigoríficos a protocolos rígidos de sanidade animal permitiu uma virada de chave para o país.
O novo status sanitário é mais do que um carimbo técnico. Ele é uma senha para o futuro. O Brasil, agora parte do grupo de países com reconhecimento internacional como livres de febre aftosa sem vacinação, passa a negociar com mais credibilidade no cenário global. Isso se reflete em contratos mais robustos, aumento na demanda e valorização da carne brasileira.
“O status sanitário alcançado representa não apenas a redução de custos para o produtor, mas também a valorização da nossa produção no mercado internacional”, afirma Paulo Costa. “Consolida o Brasil como líder mundial no comércio de proteína animal em bases sustentáveis.”
Além dos ganhos econômicos, o país reforça sua imagem de compromisso com práticas de produção modernas, seguras e sustentáveis. Um recado claro de que é possível unir produtividade e responsabilidade em um só caminho, o da excelência.
Fonte: Produzindo Certo