No mês em que se celebra o Pantanal, o Sistema Famasul destaca a pecuária como a principal atividade do agronegócio na região, consolidada por mais de 250 anos de convivência harmônica entre produção e preservação ambiental. Reconhecido por combinar tradição e tecnologia, o Pantanal é referência em melhoramento genético do rebanho bovino, liderando o uso de inseminação artificial em Mato Grosso do Sul.
Avanços na inseminação artificial
A região pantaneira, que detém o maior rebanho bovino do estado, registrou no primeiro semestre de 2024 a comercialização de 200 mil doses de sêmen, representando 30% das vendas estaduais. Esse número reflete um crescimento constante, já que em 2023 e 2022, a participação foi de 25,92% e 26,17%, respectivamente.
Com cerca de 1,86 milhão de fêmeas bovinas acima de 25 meses, o Pantanal apresenta uma taxa de inseminação de 35%, acima da média estadual de 30,6%. Sem considerar a região pantaneira, a média cai para 27,86%. No cenário nacional, Mato Grosso do Sul se destaca como o segundo estado com maior número de vacas inseminadas, atrás apenas de Mato Grosso, ocupando a sexta posição em termos percentuais.
Benefícios da inseminação artificial
A tecnologia da inseminação artificial (IA) revolucionou o melhoramento genético no Pantanal, permitindo que produtores selecionem características específicas para o rebanho, como precocidade, conversão alimentar e ganho de peso. Entre as vantagens da IA estão:
Redução de custos: A prenhez via IA é mais econômica do que a aquisição de touros de alto valor genético.
Prevenção de doenças e acidentes: Evita doenças transmissíveis durante a monta natural e acidentes envolvendo touros.
Maior controle reprodutivo: Oferece precisão na paternidade e maior uniformidade no rebanho.
Sustentabilidade: Rebanhos mais produtivos ocupam menos área, reduzindo a pressão sobre recursos naturais.
Adoção da IATF e sustentabilidade
A técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) superou as dificuldades logísticas do Pantanal, como o manejo em grandes extensões de terra e a observação de cio. Atualmente, 90% das inseminações no Brasil utilizam a IATF, que simplifica o processo e melhora os resultados reprodutivos.
Esses avanços na pecuária pantaneira impulsionam não apenas a rentabilidade dos produtores, mas também a conservação ambiental. Rebanhos mais eficientes demandam menos área para produção, contribuindo para a preservação do bioma. Combinando produtividade e sustentabilidade, o Pantanal reafirma seu papel como exemplo de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
O sucesso da inseminação artificial no Pantanal mostra que a união entre inovação e respeito ao meio ambiente é o caminho para uma pecuária mais competitiva e sustentável.
Fonte: Capital News