A Amigos da Terra – Amazônia Brasileira lançará nesta terça-feira (13), a campanha “Siga o Rastro”, criada para fornecer informações para os consumidores que desejam fazer escolhas responsáveis em relação à produção e consumo de carne. Com uma conversa, o lançamento terá a mediação da chef de cozinha e empresária Paola Carosella junto a representantes do setor que vão discutir os desafios de se fazer chegar ao consumidor um produto livre de desmatamento e outras irregularidades socioambientais.
Entre os convidados estão Leonel Almeida, gerente de Sustentabilidade na Marfrig Global Foods; Mauro Lúcio, pecuarista referência na produção sustentável e presidente da Associação de Criadores do Pará (Acripará); Pedro Burnier, diretor do Programa Agropecuária na Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e coordenador do Grupo de Trabalho dos Fornecedores Indiretos (GTFI); e Susy Yoshimura, diretora Sênior de Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil. O começo do vídeo conta ainda com a participação de Natália Grossi, analista do Programa de Cadeias Agropecuárias da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, que apresenta o projeto.
“Lançar a campanha ‘Siga o Rastro’ é um passo crucial para trazer mais transparência à essa cadeia. Sabemos que, infelizmente, ainda não é possível rastrear 100% da origem da carne na hora da compra, mas já há informações e ferramentas valiosas que precisam atingir o consumidor final de forma mais efetiva para promover o consumo responsável de carne e impulsionar as mudanças de práticas que nós queremos para esse setor. A campanha deixa claro os impactos sociais e ambientais associados ao consumo de carne e, ao mesmo tempo, identifica os mecanismos existentes para diferenciar e priorizar uma carne com atributos de sustentabilidade e rastreabilidade.” (Natália Grossi, Analista do Programa Agropecuária da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira)
“O ‘Siga o Rastro’ representa o resultado de anos de dedicação e trabalho da Amigos da Terra, que sempre esteve ativamente presente em todos os setores da cadeia produtiva da carne. Temos trabalhado incessantemente para inovar, criar soluções e fomentar diálogos que impactem positivamente esse setor tão crucial. Agora, damos um passo natural e essencial: envolver o consumidor final nesse processo, principalmente porque é ele quem tem o poder impulsionar mudanças.” (Pedro Burnier, Diretor do Programa Agropecuária da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira)
“O Grupo Carrefour Brasil analisa anualmente mais de 28 mil fazendas e 24 milhões de hectares da origem da carne produzida e fornecida ao Grupo. Engaja e valoriza fornecedores para garantir a rastreabilidade, inclusive dos indiretos. No entanto, é essencial que haja iniciativas como o Siga o Rastro, que apoiem a conscientização do consumidor, para que este possa adicionar critérios socioambientais em suas decisões.” (Susy Yoshimura, Diretora Sênior de Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil)
Siga o Rastro
A iniciativa busca incentiavar a transparência para que o consumidor tenha em mãos informações suficientes para não adquirir um produto que esteja ligado a condições de trabalho análogas à escravidão, maus tratos animais, desmatamento ilegal e outras irregularidades, como invasão de terras indígenas, unidades de conservação e áreas embargadas nas fazendas fornecedoras de gado. Acesse o site.
Segundo uma pesquisa do Reclame Aqui, disponível no site da campanha, 58% dos consumidores se preocupam com a procedência da carne que consomem. Essa busca por informações sobre a origem da carne apoia mudanças no setor pecuário fundamentais para combater os grandes desafios da atualidade, como as emissões de gases de efeito estufa e a perda de habitats naturais. (acesse a aba publicações para mais estudos)
Também estão disponíveis dados que mostram que o Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking dos países que mais consomem carne bovina no mundo e é o segundo maior produtor global. Entretanto, entre 2000 e 2021, a Amazônia perdeu 23,74 milhões de hectares de floresta, enquanto a área ocupada por pastagens aumentou em 40,5%. No Cerrado, 10% da vegetação nativa foi convertida em áreas agropecuárias, reduzindo a cobertura vegetal original para apenas 45%. Juntos, a Amazônia e o Cerrado concentraram quase 98% das áreas desmatadas no Brasil durante esse período. (acesse a aba “Pecuária e Desmatamento” para ter acesso a mais dados)
Assista ao lançamento na íntegra: