O Grupo de Trabalho de PSA e Mercado de Carbono do GTPS retomou suas atividades em março. A inciativa é continuidade do trabalho elaborado no ano passado, que por meio de 14 encontros, produziu relatórios e realizou o aprofundamento do entendimento sobre PSA, auxiliando os associados do GTPS a iniciar um mapeamento de possíveis soluções relacionadas ao tema.
Ao longo do mês de março foram realizadas as duas primeiras reuniões técnicas de 2021, onde foram discutidos os papéis e responsabilidades, propósito do GT, organização de pautas e a concepção de um plano de ação estruturado. “Tudo acontece de forma participativa, desde a construção do plano de trabalho até os resultados finais. A visão multistakeholder é aplicada com a seriedade que assuntos complexos como este exigem, para que possam ser endereçados”, explica Luiza Bruscato, gerente executiva do GTPS.
‘Contribuir para a implementação do pagamento por serviços ambientais, valorizando e reconhecendo a importância do produtor rural na conservação dos recursos naturais em áreas privadas relacionadas à produção agropecuária no Brasil’ é o propósito do GT para este ano.
Mais uma vez, o Grupo utilizará ferramentas não convencionais. Ano passado, houve o suporte de uma consultoria para aprofundar no tema usando a Teoria U. Agora, a partir da construção de uma Teoria da Mudança não-linear, a equipe se dedicará na elaboração de um grande Mapa como direcionador de esforços para os stakeholders do GTPS, tornando os gargalos da implementação de PSA no Brasil ainda mais claros e factíveis para tomada de ação/decisão.
“Acredito que problemas dessa amplitude não possuem soluções únicas, tampouco simples e rápidas. Precisamos usar de métodos complexos e visões ampliadas sobre o tema para, a partir do olhar sistêmico, buscar um pool de soluções integradas”, afirma Luiza.
Existe uma necessidade em tornar o PSA uma realidade, continuar buscando um entendimento comum do que ele significa e responder com clareza a alguns questionamentos recorrentes.
- Como o PSA pode parar o desmatamento?
- Por que ainda não conseguimos engajar pagadores?
- Como viabilizar o mercado de carbono?
Outras importantes questões também estão em pauta. A viabilidade da integração do Guia de Indicadores da Pecuária Sustentável – GIPS como parte da solução de um mecanismo de PSA, as oportunidades e limitações da legislação aprovada e a estratégia para engajar possíveis pagadores e financiadores.
O GT de PSA e Mercado de Carbono tem mais nove reuniões técnicas agendadas até o mês de julho. O Grupo é coordenado por Marcelo Stabile, pesquisador do IPAM, facilitado por Luiza Bruscato (GTPS) e pela consultoria Target Teal, e conta com a participação de cerca de 18 membros associados ao Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS).